Que a desgraça dele venha medir o comprimento e a largura da minha,e que
correspondem o meu cansaço e o dele, que se possa ver um tanto cá e um
tanto lá,um pesar tão importante nele quanto em mim,em cada feição em cada
ruga,na forma e no formato se esse sujeito sorrir ,alisar a barba,despachar a tristeza com um hãrrã, limpar a garganta em vez de gemer de dor,usar provérbios como curativo para o luto, embebedar o infortúnio com filosofices de livros.
Os homens não sabem aconselhar quando a dor é aquela que eles próprios
não sentem, é só provar de uma dor assim, transfiguram-se em fúria os
mesmos conselhos que antes receitavam preceitos contra a raiva,amarravam a
loucura galopante com delicados fios de seda,enganavam feridas com a
voz e a agonia das palavras. Sabe-se que não valorizamos suficientemente aquilo que temos enquanto desfrutamos, mas se nos falta ou perdemos, então claro enxergamo-lhes as qualidades antes ocultas pela posse de quando aquilo ainda era nosso.Então não me aconselhe e nem chore minha perda.
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